Tive que fazer uma parte escrita para entregar, vou pôr aqui para se quiserem ver o produto final... desculpem se não falei de alguma mas de qualquer maneira ajudaram-me muito! Obrigada, obrigada!
(O texto pode não estar grande coisa porque foi feito assim um bocado à pressa... demorei muito a conseguir decidir-me com o tema xD).
"Quando pensamos em escravatura, imaginamo-la muito longe de nós. Pomo-la num passado bem longínquo, tanto no tempo como no espaço. Metemos os escravos em livros de História bem encadernados, e sabemos bem o que eles eram há uns séculos atrás, mas não temos a mínima consciência do que eles são hoje, agora.
Bem, temos uma noção do que é a escravatura… um ser humano tem direitos de propriedade sobre outro, apenas porque o “compra”, e por isso pode fazer dele o que bem lhe apetece.
Mas damos a escravatura por abolida em meados do século XVIII. E de certa forma até é verdade… nessa altura o movimento abolicionista conseguiu que a lei começasse a proibi-la. O tráfico de escravos deixou de ser uma coisa normal e passou a ser crime e, de certa forma, deixou de ser praticado também.
No entanto, a escravatura não se extinguiu totalmente. Nenhuma lei consegue impedir completamente determinada acção, pois cada um é livre de a quebrar ou não, sendo certo que, se o fizer, terá de sofrer as consequências. Por isso, ainda hoje conseguimos encontrar pelo mundo fora esta prática terrível, tão antiga, mas ainda assim demasiado actual.
São muitos, infelizmente, os exemplos de escravatura em todo o Mundo. Podia falar das fábricas que utilizam mão-de-obra infantil para não terem tantos gastos, podia falar dos imigrantes de um país do outro lado do Mundo que não têm direitos nenhuns. Podia falar disso tudo, porque tudo isso é escravatura e é muito importante que seja falado.
No entanto, gostava de aproximar mais as coisas. Ao falar da escravatura que é praticada do outro lado do Mundo em crianças asiáticas ou africanas ia preocupar-vos muito, mas durante dois minutos. Depois disso, pensariam: “Que coisa horrível! Olha, são vidas…”.
Quero portanto falar da escravatura, sim, mas de uma escravatura que faz parte da nossa vida, do nosso quotidiano, e que tantas vezes passa despercebida aos nossos olhos. É claro que não a posso comparar com os horrores que sofrem crianças do outro lado do Mundo, com a exploração que encaram todos os dias, com a pobreza, com a fome. Mas, ainda assim, é escravatura!
Todos os dias, a nossa liberdade é ameaçada por demasiadas “coisinhas”. Vivemos numa sociedade tão materialista… O valor das pessoas, ainda que inconscientemente, é avaliado pelo carro que têm, pela roupa que vestem… nós próprios temos como objectivo de vida ganhar muito dinheiro para poder ter muitas coisas!
E é nessa medida que aparece a publicidade, regendo-se por mecanismos de aliciamento e manipulação das necessidades. Letras demasiado pequenas, meias verdades e ideias trabalhadas são alguns exemplos de mecanismos utilizados pelo marketing para nos submeter a determinado produto.
Quando damos conta que fomos enganados já é tarde demais, pois a verdade tinha-nos sido dita, ainda que camuflada por slogans e imagens muito agradáveis.
No entanto, não é só a publicidade que nos escraviza hoje
É isso mesmo. A religião, apesar de ter uma intenção totalmente oposta, pode ser profundamente escravizante.
Quantos de nós não conhecemos autênticos “escravos” religiosos? Qualquer uma das religiões os tem! Sacrifícios, promessas vazias de sentido, “deuzinhos” que em vez de libertarem reprimem, lógicas de “toma lá – dá cá” que nada têm a ver com uma doutrina de amor…
Quantas vezes as “leis” religiosas se tornam uma fonte de escravatura da alma, do coração? Quantas vezes se põe um travão à nossa liberdade apenas porque o “papa manda” ou porque Alá não aprova?
Estes são apenas dois exemplos de coisas que nos podem tirar liberdade. Há tantas outras… empregos que nos obrigam a respeitar horários incompatíveis com a vida familiar, padrões sociais que somos obrigados a respeitar para não sermos apontados na rua, trabalhos que nos obrigam a fazer apenas porque não temos possibilidade de “reclamar” os nossos direitos (algo que acontece frequentemente com estagiários – as empresas aproveitam o facto de estarem em formação e de o seu trabalho não ser remunerado para lhes atribuírem as tarefas mais penosas).
A nossa sociedade está carregada destas situações, situações que à primeira vista nos parecem perfeitamente normais mas que, se as olharmos com outros olhos, nos retiram os nossos direitos e principalmente a liberdade!
Mas é melhor não irmos por aí… olhem que, há meia dúzia de séculos atrás, a escravatura era tão normal como legítima e era encarada com uma naturalidade surpreendente! Interessa portanto ficarmos de olhos bem abertos, não vá o diabo tecê-las…"
E é tudo... Mais uma vez, OBRIGADA!
(Nunca tinha imaginado que um blog fosse tão útil...)
2 comentários:
Vou ser sincera , nao li , apensas o obrigada. E apesar de toatalmente fora de contexto vim eu agracer-te por estares sempre presente na minha vida !
Eu amo.te ,juro!
Gostei. Muito bom ! Parabéns :)
Bjito*
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