Olá, amigo.
Como é que tu estás? A vida tem-te feito feliz?
Tenho saudades de falar contigo, mas aquelas Conversas com um “C” grande. Lembro-me quando me deixavas horas a pensar nas perguntas que me fazias! Lembras-te daquela conversa sobre a felicidade? Aquela em que me fizeste tantas perguntas que as minhas certezas foram-se todas? Nesse dia eu juro que pensei que os meus princípios eram estúpidos… até perceber que só querias que me questionasse. Conseguiste.
Já passaram quatro dias depois daquele em que te disse “depois conto-te tudo”. Sim, sobre o meu Sim! E queria guardar-me para te dizer tudo, tim tim por tim tim, quando estivesse contigo.
Mas decidi-me por isto. Quero que saibas bem o que senti, e já sabes que a escrever me expresso muito melhor (a falar tendo a levar tudo para a palhaçada!).
Bem. Começo por te falar da cerimónia. Como sabes, foi aqui na minha paróquia, em Gueifães, o que foi muito bom para mim. Sentia-me totalmente em casa. Quando cheguei, vi alguns rostos de pessoas que cresceram comigo e começaram a conhecer o nosso Jesus comigo. Foi tão bom perceber que estávamos ali juntos no “fim” que é simultaneamente princípio de uma caminhada!
Gostei muito da Eucaristia. Foi celebrada pelo bispo do Porto, Manuel Clemente, que se revelou um homem extraordinário. Não que tenhamos ficado amigos, mas senti que era daqueles que sabe o que vive, e vive-o bem. Não largou o sorriso durante todo aquele tempo e, com palavras baixinhas mas certeiras (foi pena metade da igreja não ouvir, por o microfone estar muito longe), conseguiu encantar-me. Gostei da forma como falou connosco. Não caiu na asneira de pressupor que éramos uns totós que ali estávamos, e não vivíamos nem um pouco aquilo. Tenho a certeza absoluta que, se fosse outro (bem, um em particular, que já deves ter adivinhado), teríamos levado no toutiço. Mas não. Disse que se estávamos ali era porque algo se tinha dado em nós, porque nos sentíamos apaixonados. Pediu para pensarmos no dia, na hora ou na época em que a nossa caminhada começou. Porque a fé é uma história e não uma sucessão de semanas de catequese! Falou da impossibilidade de ficarmos calados quando guardamos uma notícia tão boa. Sim, que se estávamos ali, então devíamos ser apaixonados, e quando temos uma paixão não somos capazes de a guardar para nós!
Foi uma maneira bonita de transmitir aquilo. Eu sei perfeitamente que muitos do que ali estavam não têm uma história de fé! Sei perfeitamente e sei que ele também sabe. Mas porquê chateá-los com isso agora que já tinham comprado as fatiotas? Porque não pegar nos que estavam ali com um sentido e incentivá-los a continuar a sua missão?
Eu saí com vontade de continuar o caminho que tenho traçado até aqui. E tenho a certeza que comigo saíram muitos outros.
Bem, mas não vou passar já ao fim. Falta a altura do “Crisma” em si! Fomos por filinhas, bem organizadinhos, com o padrinho à nossa esquerda, com a mão no nosso ombro. O padre dizia o nosso nome ao bispo (não sei porque é que tiraram essa função ao padrinho, mas pronto), e ele benzia-nos com o óleo, símbolo do Espírito Santo. Disse uma frase, que segundo o que diz na net foi “Recebe por este sinal os Dons do Espírito Santo” mas que sinceramente não decorei. Naquele momento, senti que no meu ombro estavam postas muitas mãos. Aquela que ali estava, do Ricardo, era muito importante para mim. Mas estavam outras com ele, outras que também não dispenso. Olhei para cima mais tarde e estavam lá, no coro (não coro de cantar, coro de lugar :P), todos em peso. Mas sabes uma coisa? A tua mão também estava lá no meu ombro. A tua e a de todos os que me fazem crescer todos os dias.
Entretanto, acabou a cerimónia (sim, que a Eucaristia não acabou!). Foto para aqui, foto para ali… já me doíam as bochechas. Mas pronto. Foi para ficar para a posteridade.
Depois, jantei com a família (arrozinho de marisco em Leça, que fez com que chegasse com cerca de uma hora de atraso aos Mail’s, como nos chamas).
Bem, mas o que interessa é que cheguei, e que tive a oportunidade de agradecer ao nosso Abbá pelo dia, pelo contexto em que tudo aconteceu, e pelo facto de fazer todo o sentido cá dentro. Foi tão bom poder celebrá-lo em comunidade, e perceber que todos estávamos em festa naquele dia…
Depois chegou à parte dos miminhos. Esses quero que os vejas todos! Não tos vou contar aqui… mas acredita que me encheram deles. E todos com tanto significado!...
Cheguei a casa com a sensação de que a minha vida faz sentido. E essa sensação, amigo, é a minha preferida.
Pronto… cheguei ao fim. Se calhar estás a achar estranho que partilhe isto que é para ti num espaço que pode ser visitado por qualquer pessoa no Mundo. Mas é esse mesmo o objectivo. Isto que partilho contigo, quero gritá-lo ao Mundo. A minha história, do meu sim, na primeira pessoa, como a senti passo por passo. Se calhar muitos não a compreenderão, mas tenho a certeza que tu compreendes.
Obrigada por me fazeres crescer tanto. E obrigada por estares sempre no meu bolso…
Como é que tu estás? A vida tem-te feito feliz?
Tenho saudades de falar contigo, mas aquelas Conversas com um “C” grande. Lembro-me quando me deixavas horas a pensar nas perguntas que me fazias! Lembras-te daquela conversa sobre a felicidade? Aquela em que me fizeste tantas perguntas que as minhas certezas foram-se todas? Nesse dia eu juro que pensei que os meus princípios eram estúpidos… até perceber que só querias que me questionasse. Conseguiste.
Já passaram quatro dias depois daquele em que te disse “depois conto-te tudo”. Sim, sobre o meu Sim! E queria guardar-me para te dizer tudo, tim tim por tim tim, quando estivesse contigo.
Mas decidi-me por isto. Quero que saibas bem o que senti, e já sabes que a escrever me expresso muito melhor (a falar tendo a levar tudo para a palhaçada!).
Bem. Começo por te falar da cerimónia. Como sabes, foi aqui na minha paróquia, em Gueifães, o que foi muito bom para mim. Sentia-me totalmente em casa. Quando cheguei, vi alguns rostos de pessoas que cresceram comigo e começaram a conhecer o nosso Jesus comigo. Foi tão bom perceber que estávamos ali juntos no “fim” que é simultaneamente princípio de uma caminhada!
Gostei muito da Eucaristia. Foi celebrada pelo bispo do Porto, Manuel Clemente, que se revelou um homem extraordinário. Não que tenhamos ficado amigos, mas senti que era daqueles que sabe o que vive, e vive-o bem. Não largou o sorriso durante todo aquele tempo e, com palavras baixinhas mas certeiras (foi pena metade da igreja não ouvir, por o microfone estar muito longe), conseguiu encantar-me. Gostei da forma como falou connosco. Não caiu na asneira de pressupor que éramos uns totós que ali estávamos, e não vivíamos nem um pouco aquilo. Tenho a certeza absoluta que, se fosse outro (bem, um em particular, que já deves ter adivinhado), teríamos levado no toutiço. Mas não. Disse que se estávamos ali era porque algo se tinha dado em nós, porque nos sentíamos apaixonados. Pediu para pensarmos no dia, na hora ou na época em que a nossa caminhada começou. Porque a fé é uma história e não uma sucessão de semanas de catequese! Falou da impossibilidade de ficarmos calados quando guardamos uma notícia tão boa. Sim, que se estávamos ali, então devíamos ser apaixonados, e quando temos uma paixão não somos capazes de a guardar para nós!
Foi uma maneira bonita de transmitir aquilo. Eu sei perfeitamente que muitos do que ali estavam não têm uma história de fé! Sei perfeitamente e sei que ele também sabe. Mas porquê chateá-los com isso agora que já tinham comprado as fatiotas? Porque não pegar nos que estavam ali com um sentido e incentivá-los a continuar a sua missão?
Eu saí com vontade de continuar o caminho que tenho traçado até aqui. E tenho a certeza que comigo saíram muitos outros.
Bem, mas não vou passar já ao fim. Falta a altura do “Crisma” em si! Fomos por filinhas, bem organizadinhos, com o padrinho à nossa esquerda, com a mão no nosso ombro. O padre dizia o nosso nome ao bispo (não sei porque é que tiraram essa função ao padrinho, mas pronto), e ele benzia-nos com o óleo, símbolo do Espírito Santo. Disse uma frase, que segundo o que diz na net foi “Recebe por este sinal os Dons do Espírito Santo” mas que sinceramente não decorei. Naquele momento, senti que no meu ombro estavam postas muitas mãos. Aquela que ali estava, do Ricardo, era muito importante para mim. Mas estavam outras com ele, outras que também não dispenso. Olhei para cima mais tarde e estavam lá, no coro (não coro de cantar, coro de lugar :P), todos em peso. Mas sabes uma coisa? A tua mão também estava lá no meu ombro. A tua e a de todos os que me fazem crescer todos os dias.
Entretanto, acabou a cerimónia (sim, que a Eucaristia não acabou!). Foto para aqui, foto para ali… já me doíam as bochechas. Mas pronto. Foi para ficar para a posteridade.
Depois, jantei com a família (arrozinho de marisco em Leça, que fez com que chegasse com cerca de uma hora de atraso aos Mail’s, como nos chamas).
Bem, mas o que interessa é que cheguei, e que tive a oportunidade de agradecer ao nosso Abbá pelo dia, pelo contexto em que tudo aconteceu, e pelo facto de fazer todo o sentido cá dentro. Foi tão bom poder celebrá-lo em comunidade, e perceber que todos estávamos em festa naquele dia…
Depois chegou à parte dos miminhos. Esses quero que os vejas todos! Não tos vou contar aqui… mas acredita que me encheram deles. E todos com tanto significado!...
Cheguei a casa com a sensação de que a minha vida faz sentido. E essa sensação, amigo, é a minha preferida.
Pronto… cheguei ao fim. Se calhar estás a achar estranho que partilhe isto que é para ti num espaço que pode ser visitado por qualquer pessoa no Mundo. Mas é esse mesmo o objectivo. Isto que partilho contigo, quero gritá-lo ao Mundo. A minha história, do meu sim, na primeira pessoa, como a senti passo por passo. Se calhar muitos não a compreenderão, mas tenho a certeza que tu compreendes.
Obrigada por me fazeres crescer tanto. E obrigada por estares sempre no meu bolso…
2 comentários:
e como TU és Feliz.Admiro a Tua Historia.Olha , tenho aqui uma historinha à contar .eu a acho linda.Meu "sim" foi em etapas ,é, sei mesmo assim.
Antes mesmo de vir ao mundo fui esperada e logo após esse dia , me levaram ao "Santuario" para decidirem já por mim , Amei a decisão pelo Batismo!Pode ter sido pela Luz , também na viajem e com todos os miminhos merecidos.Cresci fortalecida , e quando preparei-me para a Primeira Eucaristia ,mais outra etapa.Neste dia vestia roupa cheirosa , com direito á agrinalda e véu .Como uma noiva me sentia.Fotos e Fotos e miminhos.Sabias que ainda assim me parecia pouco .Lembro-me bem , no colégio que estudava, a madre que tanto gostava disse-me , se fossemos medir Fé em Jesus , podería ser igual a que prenchesse um "dedal"(aqueles pequenos utencílios de costura)ou um outro reciente maior, desde que ele estivesse bem cheio, transbordando .Hoje entendo bem, que o meu coração estava cheio de Amor , mesmo sendo pequena.
Minha História é História Feliz .
O "crisma ", foi mesmo Lindo .
E depois meu "sim " esperado com tanto Amor :á Jesus pelo meu esposo e vocação Matrimonial.Tamanha Alegria sentida por saber que continuaríamos unidos com as Benção do Senhor Jesus, enquanto ELE assim o permitirmos.Graças e Bençãos foram derramadas pelo presente dos Filhos .e Agradeço com o coração transbordando de miminhos por Deus ser tão Bondoso .A cada momento mais forte meu Amor pela Vida que temos e pelo Senhor , o Deus da Vida.E Vida com uma História Feliz .Deus é Fiel!
bjnhos,bjnhos.
Parabéns Inês, pelo teu Crisma, e muito obrigado por esta partilha que nos dás, a sério! Que a caminhada que tens feito te continue com muitas novidades!
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