Esteve no Haiti, na guerra do Afeganistão, no Iraque, em Angola, no Sudão e em mais uma quantidade substancial de lugares nada fáceis.
Dedica-se a fazer jornalismo literário - jornalismo que "rouba" as características de escrita dos grandes romancistas para divulgar factos jornalísticos. Não acredita num jornalismo superficial, que faz os leitores virar a página dez segundos depois de começarem a ler. Acredita na profundidade dos factos, acredita que todas as pessoas são honestas ou que - pelo menos - fazem tudo com boas intenções (agora em que medida é que são boas... é uma questão diferente). Não gosta de dar o lado mais "óbvio" dos acontecimentos. "Para isso é que existem as agências noticiosas internacionais", diz. Vai pelos pormenores, e com os pormenores consegue prender o leitor à sua escrita.
Chama-se Paulo Moura, é professor e jornalista no jornal Público. Deu hoje uma conferência na minha faculdade e apaixonei-me pela vida que leva. Um conjunto de experiências riquíssimas, que só com esforço imaginamos. Parece que saiu das páginas de um qualquer romance. Com um ar descontraído, diz que uma vez conquistou uma cidade no Afeganistão. Estava ao lado de um grupo local, munido de jipes a cair de velhos, de burros ou mesmo das próprias pernas, com que corriam entusiasticamente. "Eu ia na linha da frente da batalha, e a sorte é que os meus amigos tinham pontaria e acertaram nos talibãs".
Agora pensa em algumas coisas que fez e acha-se um corajoso de meia tigela. Como agarrar numa arma que lhe estava apontada à cabeça e desatar aos palavrões em português. Diz que não consegue perceber como o homem é capaz de se habituar rapidamente às situações mais atípicas.
Fiquei fascinada pela vida, pela forma de encarar as coisas - uma descontracção muito humilde. E agora que descobri o blogue, não consigo parar de ler.
Repórter à Solta, visitem. Mas só se tiverem tempo para ficar.
Dedica-se a fazer jornalismo literário - jornalismo que "rouba" as características de escrita dos grandes romancistas para divulgar factos jornalísticos. Não acredita num jornalismo superficial, que faz os leitores virar a página dez segundos depois de começarem a ler. Acredita na profundidade dos factos, acredita que todas as pessoas são honestas ou que - pelo menos - fazem tudo com boas intenções (agora em que medida é que são boas... é uma questão diferente). Não gosta de dar o lado mais "óbvio" dos acontecimentos. "Para isso é que existem as agências noticiosas internacionais", diz. Vai pelos pormenores, e com os pormenores consegue prender o leitor à sua escrita.
Chama-se Paulo Moura, é professor e jornalista no jornal Público. Deu hoje uma conferência na minha faculdade e apaixonei-me pela vida que leva. Um conjunto de experiências riquíssimas, que só com esforço imaginamos. Parece que saiu das páginas de um qualquer romance. Com um ar descontraído, diz que uma vez conquistou uma cidade no Afeganistão. Estava ao lado de um grupo local, munido de jipes a cair de velhos, de burros ou mesmo das próprias pernas, com que corriam entusiasticamente. "Eu ia na linha da frente da batalha, e a sorte é que os meus amigos tinham pontaria e acertaram nos talibãs".
Agora pensa em algumas coisas que fez e acha-se um corajoso de meia tigela. Como agarrar numa arma que lhe estava apontada à cabeça e desatar aos palavrões em português. Diz que não consegue perceber como o homem é capaz de se habituar rapidamente às situações mais atípicas.
Fiquei fascinada pela vida, pela forma de encarar as coisas - uma descontracção muito humilde. E agora que descobri o blogue, não consigo parar de ler.
Repórter à Solta, visitem. Mas só se tiverem tempo para ficar.
Nenhum comentário:
Postar um comentário