Prioridades. Prioridades. Prioridades.
Não gosto quando esta palavra ecoa demais na minha cabeça. É sinal de que está tudo errado: não chego para tudo o que quero, e algo tem necessariamente que mudar. E o lado mau da mudança brusca é que magoa sempre alguém.
Estou cansada das expectativas que me põem sobre os ombros, principalmente quando sinto que não sou capaz de as superar. A culpa é minha, eu sei. É o lado mau de dar tudo: quer-se sempre mais. Mas como diz a Ana, há que reconhecer a nossa fragilidade. "Só quando me sei frágil é que sou capaz de aprender a conviver com as forças abruptas do mundo!"
Não sou a super mulher, e para dar o meu máximo em alguma coisa, outras têm que perder. Definir prioridades é difícil, das decisões mais difíceis de tomar. Mas se é difícil é porque vale a pena. Não quero dar bocadinhos de mim aqui e ali, quero apostar em objectivos concretos, que me mudem, que me façam bem para que eu possa fazer bem a outros.
Deixar um mundo que nos traz algumas coisas boas é difícil. Se fosse tudo mau, era muito fácil. Mas pesar o que é bom e mau e tomar decisões em função desse peso dá um medo danado, como se fôssemos fechar à chave uma porta que não podemos mais abrir – e nem sabemos bem se do lado de lá há coisas maravilhosas de que nos vamos privar. Mas se a vida já me ensinou alguma coisa, foi com certeza que as decisões nunca trazem só coisas boas: há que aprender a conviver com aquilo que dói e continuar em frente. Mais tarde há-de doer menos.
Tenho saudades de mim há pouco mais de um mês. Estas asas que já voaram tanto e experimentaram a liberdade plena continuam agora amarradas, e debatem-se para se soltar. Tenho saudades de quando sentia que as dúvidas da minha vida se resumiam à escolha entre massa e pizza ao almoço. Aí, a vida era bem mais fácil.
4 comentários:
Gosto imenso do que escreves, a forma como escreves e sobretudo como pensas... Muito bom. Vou continuar a acompanhar...
Inês, eu sou perita em gingajogas pra me adaptar à agenda super-lotada!
Queres um Workshop? :P
Normalmente tenho uma máxima: "aquilo que não nos mata torna-nos mais fortes!"
Até amanhã ;)
Inêsita,
Solta as asas e voa...
Disse há uns tempos uma coisa a alguém que agora te digo a ti: ATACA!!! Não tenhas medo!!!
Toma as tuas decisões com uma certeza, haverá sempre por aí alguns malucos que estarão lá para te azucrinar a cabeça, mas também para te apoiarem e torcerem por ti.
Beijinho,
Vitor
:)
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