julho 15, 2013

Como diz o outro,

"a volta dá vidas".
Não sei se é este o meu lugar. Todos os dias pergunto isso a mim mesma: "é este o teu lugar"?
Vou respondendo que sim, a ver se tenho razão. Dizem-me que era assim que tinha que acontecer, mas nada me tira da cabeça que sou eu que me comando. Que o meu lugar podia ser outro, se eu quisesse.
"Queres este lugar"?
Isto de ter que optar por tudo é lixado. Logo eu, que tenho imensa dificuldade, pela manhã, em optar se quero leite com cereais ou torradas com manteiga. É isto ser adulto? Ter que fazer o pequeno-almoço e o almoço e o jantar e ainda ter que optar por que futuro seguir?
Era mais fácil quando bastava optar se ia à primeira aula da manhã ou se dormia mais um bocado. Ser adulto é outra coisa.
É ter que carregar nos ombros projetos nossos e de outros, e dar tudo de nós para que tenham sucesso. É riscar caminhos que podiam ser bons, mas que já não são caminhos porque decidimos escolher outros. É a responsabilidade de termos o leme da nossa vida nas mãos, e de dependermos exclusivamente de nós para chegarmos a bom porto.
Mas é bom. Ao mesmo tempo é muito bom. É chegar ao fim e pensar "Porra, fui eu que construí isto". Deixei coisas de lado, mas construí tudo isto.
E o resto dos sonhos? O que fazemos com eles? Ficam em lista de espera? Esquecemos?
Aquela coisa cor-de-rosa de quando somos crianças e adolescentes, aquele programar a pensar com o coração, onde fica? Como é que cumprimos os sonhos todos?

É este o teu lugar? É este o teu lugar?
Qual é o teu lugar?