Mesmo Muito Nice

Papá:
Não sei porque Te escrevo.
Tenho medo que seja só mesmo para actualizar o blog e que não haja mais nada por trás disso... mas sabes bem que não quero que seja assim!
Quero ter tanto para dizer que não me chegue um simples post para dizer tudo, quero ser uma máquina de escrever coisas bonitas e com significado para aqueles que as lêem!
Só que ultimamente sinto que não tenho sido muito capaz de o fazer. Quando quero, as coisas não me saem, talvez porque não estão muito claras aqui dentro... Por isso às vezes prefiro não dizer nada, e encher isto de coisas que não são verdadeiramente minhas.
Isto é tudo muito estranho. Lembras-Te daquela altura em que na minha vida tudo girava à Tua volta? Sim, naquela altura em que eu estava capaz de dizer que eras Tu a minha vida. Tenho pensado muito nisso... Sabes? Acho que nessa altura andava mesmo feliz.
Parece que desde que me levantava de manhã até que me deitava, tudo à minha volta era muito colorido e fazia as coisas com uma alegria que eu própria desconhecia em mim mesma...
Agora... agora estou feliz, também! Não tenho razões nenhumas para me queixar. Tenho tantos amigos, tanta gente boa que me faz tão feliz...
Mas às vezes parece que falta qualquer coisa. Não nos outros, mas em mim! Qualquer coisa que me faça encarar tudo de outra forma. Tenho cada vez mais a certeza... faltas-me Tu!
Continuam a "revoltar-me" as conversas sobre religião que tenho nas aulas, continuo a tentar fazer toda a gente compreender o que é ser cristão, essas coisas todas. Dentro da cabecinha está tudo bem!
Mas, papá, e o coração? Não conta? E o viver isso tudo?
Isto não me chega! Vá lá, ajuda-me...
Ajuda-me a falar menos e a agir mais!
Ajuda-me a...
Ajuda-me a viver-Te!