No outro dia, numa aula de Inglês, discutíamos se as pessoas, quando nasciam, eram todas iguais.
Alguns “utópicos” diziam que sim, na composição do teste… e os outros não concordaram nada com isso, porque era muito bonito dizer que somos todos iguais mas depois as diferenças são óbvias! Como é que podemos dizer que uma criança que nasce numa família estável, num país desenvolvido, é igual a outra a nascer num sítio sem condições nenhumas, numa família pobre e que a encara como “mais uma fonte de rendimento”?
É claro que somos diferentes! É claro que não somos todos iguais! E todos concordavam com isto.
Eu não disse nada, porque não sabia o que dizer. Porque reparei que era verdade, que infelizmente não nascemos todos nas mesmas condições. Mas eu estava a ver as coisas por outro prisma! Eles estavam a ir por um lado, eu por outro. Habitual. E, por isso, pus-me a pensar...
É que, na minha opinião, nós somos todos iguais quando nascemos! E não sou uma lírica, sei perfeitamente como está este mundo… mas olhem o verbo que utilizaram: “são todos iguais”. Verbo ser! Não “estar” numa família mesmo muito nice, não “estar num hospital fantástico… não “ter” muito dinheiro, não “ter” possibilidades de ter educação… é o verbo ser! Tu és diferente de alguém pelo ambiente em que nasces? A tua essência, aquilo que és, é menor pelo sítio em que nasces?
Quando estamos na barriga da mãe, aparte do mundo, bem aconchegados no seu seio, somos diferentes das restantes crianças na barriga das suas mães? Ou as diferenças começam no contacto com o mundo, com a vida exterior, com a acção da sociedade na nossa própria vida? Sim, um bebé pode até ser mais bem alimentado enquanto está na barriga da mãe do que outro, porque uma tem possibilidades e outra não. Mas aí é já o Mundo a actuar nele!
O que ele É, altera-se? Eu acho que não.
Por isso, como podemos afirmar que somos todos diferentes porque é assim o Mundo? Não, somos todos diferentes porque queremos ser todos diferentes, e porque não nos queremos comparar com as crianças pobrezinhas de África. Elas são pobrezinhas e temos muita pena delas, mas não podemos fazer nada! Elas nasceram lá no seu mundo, em condições diferentes das nossas, e por isso são diferentes de nós!
Não, não, não! Não são diferentes. Nós fazemo-nos diferentes, porque dá mais jeito! Dá mais jeito cruzar os braços e dizer: “olha… é a vida…”. Dá mais jeito reclamar com o Mundo do que fazer alguma coisa para mudar! Dá mais jeito dizer que somos pequeninos e que não conseguimos mudar nada, do que tentar começar por baixo! Porque depois saímos da aula com as nossas mochilas caras, carregadas de livros caros, e vamos almoçar o nosso almoço caro, para depois irmos para a nossa casa cara. Porque, olhem, somos diferentes, nascemos em condições diferentes…
Há que fazer pela vida, amigos! Há que tentar pôr as nossas diferenças todas para trás das costas e fazer com que os que têm menos condições deixem de ser diferentes e passem a poder “ser” como nós… e aí olhem que o mais provável é que fossem muito mais do que nós, porque quando sofremos na pele as diferenças todas temos muito mais vontade de “ser”…
Talvez isto pareça de um moralismo descomunal. Mas aquilo fez tanto sentido para mim que tinha que partilhar convosco… oh, eu… eu que até tenho uma mochila cara, carregada de livros caros… … …
Alguns “utópicos” diziam que sim, na composição do teste… e os outros não concordaram nada com isso, porque era muito bonito dizer que somos todos iguais mas depois as diferenças são óbvias! Como é que podemos dizer que uma criança que nasce numa família estável, num país desenvolvido, é igual a outra a nascer num sítio sem condições nenhumas, numa família pobre e que a encara como “mais uma fonte de rendimento”?
É claro que somos diferentes! É claro que não somos todos iguais! E todos concordavam com isto.
Eu não disse nada, porque não sabia o que dizer. Porque reparei que era verdade, que infelizmente não nascemos todos nas mesmas condições. Mas eu estava a ver as coisas por outro prisma! Eles estavam a ir por um lado, eu por outro. Habitual. E, por isso, pus-me a pensar...
É que, na minha opinião, nós somos todos iguais quando nascemos! E não sou uma lírica, sei perfeitamente como está este mundo… mas olhem o verbo que utilizaram: “são todos iguais”. Verbo ser! Não “estar” numa família mesmo muito nice, não “estar num hospital fantástico… não “ter” muito dinheiro, não “ter” possibilidades de ter educação… é o verbo ser! Tu és diferente de alguém pelo ambiente em que nasces? A tua essência, aquilo que és, é menor pelo sítio em que nasces?
Quando estamos na barriga da mãe, aparte do mundo, bem aconchegados no seu seio, somos diferentes das restantes crianças na barriga das suas mães? Ou as diferenças começam no contacto com o mundo, com a vida exterior, com a acção da sociedade na nossa própria vida? Sim, um bebé pode até ser mais bem alimentado enquanto está na barriga da mãe do que outro, porque uma tem possibilidades e outra não. Mas aí é já o Mundo a actuar nele!
O que ele É, altera-se? Eu acho que não.
Por isso, como podemos afirmar que somos todos diferentes porque é assim o Mundo? Não, somos todos diferentes porque queremos ser todos diferentes, e porque não nos queremos comparar com as crianças pobrezinhas de África. Elas são pobrezinhas e temos muita pena delas, mas não podemos fazer nada! Elas nasceram lá no seu mundo, em condições diferentes das nossas, e por isso são diferentes de nós!
Não, não, não! Não são diferentes. Nós fazemo-nos diferentes, porque dá mais jeito! Dá mais jeito cruzar os braços e dizer: “olha… é a vida…”. Dá mais jeito reclamar com o Mundo do que fazer alguma coisa para mudar! Dá mais jeito dizer que somos pequeninos e que não conseguimos mudar nada, do que tentar começar por baixo! Porque depois saímos da aula com as nossas mochilas caras, carregadas de livros caros, e vamos almoçar o nosso almoço caro, para depois irmos para a nossa casa cara. Porque, olhem, somos diferentes, nascemos em condições diferentes…
Há que fazer pela vida, amigos! Há que tentar pôr as nossas diferenças todas para trás das costas e fazer com que os que têm menos condições deixem de ser diferentes e passem a poder “ser” como nós… e aí olhem que o mais provável é que fossem muito mais do que nós, porque quando sofremos na pele as diferenças todas temos muito mais vontade de “ser”…
Talvez isto pareça de um moralismo descomunal. Mas aquilo fez tanto sentido para mim que tinha que partilhar convosco… oh, eu… eu que até tenho uma mochila cara, carregada de livros caros… … …
2 comentários:
Oh Inês!Adorei o teu post, também sou da mesma opinião,mas será que a pomos em prática?
Eu acho que fazemos muito pouco ou nada.Acabámos por nos acomodar a estas diferenças e nos tornamos eguistas sem querer...
Mas pelo menos tu te moves a alertar-nos.
Obrigada!
Tens um coração lindo!
"Não, não, não! Não são diferentes. Nós fazemo-nos diferentes, porque dá mais jeito! Dá mais jeito cruzar os braços e dizer: “olha… é a vida…”. Dá mais jeito reclamar com o Mundo do que fazer alguma coisa para mudar! Dá mais jeito dizer que somos pequeninos e que não conseguimos mudar nada, do que tentar começar por baixo! Porque depois saímos da aula com as nossas mochilas caras, carregadas de livros caros, e vamos almoçar o nosso almoço caro, para depois irmos para a nossa casa cara. Porque, olhem, somos diferentes, nascemos em condições diferentes…
Há que fazer pela vida, amigos! Há que tentar pôr as nossas diferenças todas para trás das costas e fazer com que os que têm menos condições deixem de ser diferentes e passem a poder “ser” como nós… e aí olhem que o mais provável é que fossem muito mais do que nós, porque quando sofremos na pele as diferenças todas temos muito mais vontade de “ser”…
Talvez isto pareça de um moralismo descomunal. Mas aquilo fez tanto sentido para mim que tinha que partilhar convosco… oh, eu… eu que até tenho uma mochila cara, carregada de livros caros… … …"
Sabes uma coisa ? So queria que determinadas pessoas percebessem isso , e que compreendessem tambem. Custa, custa muito ver as pessoas decairem por isso , por esperarem tanto do mundo e nao fazerem nada por ele.
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