junho 15, 2008

Antigamente o teu silêncio era-me tudo. Antigamente era tudo o que tínhamos, e não precisávamos de mais nada. Agora o silêncio dói. Agora precisa de palavras, das mais vulgares que existam. Agora precisa de banalidades suficientes que o preencham, porque agora é vazio.
Não costumávamos ser vazios, pois não? Anda, diz que te lembras, vá lá. Diz que te lembras da sensação, que pelo menos sabes o que procuramos.
Não, eu sei que não éramos vazios. O nosso silêncio era demasiado silêncio para ser ausência de alguma coisa. Com ele trazia tudo, as palavras mais bonitas que existem no Mundo. Ultrapassava-as até, porque era muito mais nosso.
Porque é que mudámos tanto? O que é puxou o silêncio para o chão, para ele ser tão pesado agora?
Tenho medo. Medo pelo silêncio que estragámos, medo pelo tudo que perdemos. Tenho medo que esteja tão perdido que não nos consigamos devolver.
Porquê, diz-me porquê!
Se não souberes, ao menos diz-me que ainda somos nós, e depois abraça-me… e diz-me, com um silêncio verdadeiramente nosso, que ainda estamos vivos!

4 comentários:

Anawîm disse...

ui...
realmente há silêncios que revelam sintonia e comunhão, e outros silêncios que são ausência de sintonia e comunhão... e estes últimos doem MESMO!...
E tu, linda Inês, viva ainda estás, ainda que sem esse abraço, outros tens!...
E quando o silêncio pesa, levantamo-nos nós, e seguimos em frente. Que nada, nem ninguém nos faça ter medos, nem parar pesados com o que for!...
Os medos prendem, bloqueiam-nos os movimentos sem deixarem que nós sejamos autenticamente nós mesmos... e os Corações foram desenhados para serem livres, livres, livres... Se alguma coisa nos prende e faz ter medo se calhar é altura para parar e pensar, com um olhar feliz, sempre!

ai... pus-me pra aqui a falar, a falar.. desculpa se disse aqui algum disparate, tá?
Ai... que vontade de te dar um abração, hoje!!!!...
Estou em comunhão contigo!...

The Other Side ~ disse...

Sabes o que me resucita nestas alturas de completo pânico e medo dos meus exames e de todas as inseguranças e noites mal dormidas ? Este teu silêncio , estas palvras tão bem escritas em pequenos textos , esse silêncio dessas gargalhadas que eu não ouvi , dessas banalidades que não rpesenciei mas senti. Sabes o que tenho concluido ? Que és tu a pessoa que mais me faz acreditar na vida e és tu a pessoa que mais me mostra da beleza do mundo.

Agora que estou novamente viva . que sou outra vez a MariaRita já posso ir voltar a mergulhar nos livors e voltar a desistir. Assim ,amanhã vou ter um motivo para vir aqui outra vez .

amo.te , pegah mais pegahd e todas :'D

Ni disse...

Posso dar-te um abraço?
Não é o que procuras, nem te traz esse silêncio, mas é o silêncio profundo que a minha "resposta" sabe ser.

Sabes? Talvez seja o silêncio a precisar de um som diferente... e volte quando se aperceber que é bonito como o escreves.

Bjinhos

Anônimo disse...

Estamos vivos e bem VIVOS!!!

Um abraço linda!