Despediste-te de ti quando o mandaste embora. Esvaziaste os bolsos, arrancaste promessas eternas. Tu não querias. Mas deixaste-te vencer pelas barreiras que desprezas e pelos muros que forças. Desta vez destruíram-te.
Chamar-lhe-ias a “gota de água”, mas sabes que não transbordas. Cedeste, o Mundo venceu-te. O orgulho impede-te de voltar atrás. Ou talvez não. Talvez seja a razão, a mesma razão que sempre desprezaste.
Mas agora tu estás diferente. Cedes ao que antes desprezavas com uma facilidade incrível. Já não te conheço. Antes eras ingénua, e gostava de ti assim. Porque acreditavas que o Mundo podia mudar com meia dúzia de palavras bonitas. Agora cresceste, mas devias ser sempre criança.
Já não te impedes de inventar histórias fáceis para evitar tumultos. Nunca gostaste de incomodar os outros com as tuas coisas, ou se calhar nunca gostaste de te pôr nas suas mãos.
Seja o que for.
Cresce, miúda. Mingas a cada passo que dás. És mais do que isso, e tu sabes. Mas rebentar cordas dói.
Fazes-me rir com essas desculpas. Desculpas-te com quem amas só para não te porem em causa.
Dás-me pena. Mas vais aprender, e não falta muito. Tu sabes que não. Tu sabes o que é ser feliz, e esse orgulho não vai durar muito.
Escrevo-te assim, lúcida de que somos uma só pessoa. Mas eu conheço-te, e sei que te destruo num abrir e fechar de olhos. Nunca gostei de medrosos, por isso destruo-te. Sei-me com coragem, e prefiro-me assim.
Adeus. Até nunca.
Chamar-lhe-ias a “gota de água”, mas sabes que não transbordas. Cedeste, o Mundo venceu-te. O orgulho impede-te de voltar atrás. Ou talvez não. Talvez seja a razão, a mesma razão que sempre desprezaste.
Mas agora tu estás diferente. Cedes ao que antes desprezavas com uma facilidade incrível. Já não te conheço. Antes eras ingénua, e gostava de ti assim. Porque acreditavas que o Mundo podia mudar com meia dúzia de palavras bonitas. Agora cresceste, mas devias ser sempre criança.
Já não te impedes de inventar histórias fáceis para evitar tumultos. Nunca gostaste de incomodar os outros com as tuas coisas, ou se calhar nunca gostaste de te pôr nas suas mãos.
Seja o que for.
Cresce, miúda. Mingas a cada passo que dás. És mais do que isso, e tu sabes. Mas rebentar cordas dói.
Fazes-me rir com essas desculpas. Desculpas-te com quem amas só para não te porem em causa.
Dás-me pena. Mas vais aprender, e não falta muito. Tu sabes que não. Tu sabes o que é ser feliz, e esse orgulho não vai durar muito.
Escrevo-te assim, lúcida de que somos uma só pessoa. Mas eu conheço-te, e sei que te destruo num abrir e fechar de olhos. Nunca gostei de medrosos, por isso destruo-te. Sei-me com coragem, e prefiro-me assim.
Adeus. Até nunca.
5 comentários:
Admiro-te.
Pela primeira vez pergunto: quê???
Beijos graaaaaaaaandes
Susie
Li e reli. Já perdi a conta às vezes que o fiz desde ontem.
É belo. É profundamente belo e verdadeiro. Tão rico!
Deixaste-me em s(S)ilêncio.
Lembras-me alguém que eu conheci.
Obrigado Inês!
Muito Obrigado por seres assim.
está absolutamente lindo, sabes, maria?
És... tão perfeita quanto escreves.
Há cartas que não precisam de um destinatário diferente do remetente. Obrigada pela partilha... pela partilha que é tão tua.
Bjinhos
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