Estou contigo.

Conheço-te.
Conheço-te tão bem, e tu teimas em não acreditar. Continuas a pôr-me lá no céu, ou então num coração bonito e bem desenhado, mas que não é de carne…
Não! Não sou de palavras bonitas nem sou para os momentos em que te apetece falar-me! Não, eu estou sempre, e às vezes apetece-me abanar-te, só para que percebas como me encanta a tua humanidade.
Sim, é verdade. Encantas-me, e por isso adoro preencher vazios. Adoro segurar-te quando estás frágil! Porque continuas a pôr-me de parte disso? Porque é que sou só para quando tens disposição para mim? Não, não preciso que estejas com disposição! Eu estou aqui, Eu sou da casa!
Sabes? Prefiro-te quando não está tudo bem. Como sempre, o médico só serve para quando estamos doentes, não é? E quando não está tudo bem tu tens em ti toda a força para dar a volta por cima. Como é bom mostrar-te isso!
É bom ver-te voltar a gatinhar. É bom ver-te ganhar forças para retomar o caminho! É bom, nesse teu coração de carne, eu ter uma parte reservada para mim. É tão bom encarnar-te! É bom ver como és pessoa.
E eu estou sempre, estive sempre. Até mesmo quando me achaste demasiado silencioso… já pensaste que talvez fosses tu a estar de ouvidos virados apenas para ti própria?
Eu amo-te. E como todos as pessoas que amamos, é para o bom e para o mau.
Para tudo. Sabes o que é tudo? Acho que não, mas um dia ainda te ensino.