«Era uma vez um homem que tinha um criado muito tonto. O homem não era mesquinho a ponto de o despedir, nem tão generoso que o deixasse ficar sem fazer nada (o que é o melhor que se pode fazer com um tonto!). O homem tentava, isso sim, dar-lhe tarefas simples para que o tonto “servisse para alguma coisa”. Um dia, chamou-o e disse-lhe:
- Vai ao armazém e compra uma medida de farinha e uma de açúcar. A farinha é para fazer o pão e o açúcar para fazer bolos, portanto não os mistures. Ouviste? Não os mistures!
O criado fez um esforço para se lembrar da ordem: uma medida de farinha, uma medida de açúcar e não misturar as duas coisas… Não misturar! Pegou numa taça e foi ao armazém.
Foi o caminho todo até ao armazém a repetir para os seus botões: “Uma medida de farinha e uma medida de açúcar, mas não mistures as duas coisas!”
Chegou ao armazém.
- Queria uma medida de farinha, por favor.
O empregado do armazém enfiou o jarro medidor na farinha e tirou-o cheio até cima. O criado deu-lhe a taça e o empregado verteu a farinha para o recipiente.
- E uma medida de açúcar – disse o comprador.
O empregado pegou novamente no jarro, enfiou-o na grande caixa e encheu-o de açúcar.
- Mas não os misture! – disse o criado.
- E então onde ponho o açúcar? – perguntou o empregado.
O outro pensou uns instantes e, enquanto pensava (coisa que muito trabalho lhe dava), pôs a mão por baixo da taça e, tomando uma decisão rápida, disse:
- Aqui. - E virou a taça ao contrário, derramando a farinha no chão.
O criado deu meia volta e voltou para casa todo satisfeito: uma medida de farinha, uma de açúcar e não os mistures.
Quando chegou a casa, o patrão viu-o entrar com a taça de açúcar e perguntou:
- E a farinha?
- Não os mistures! – respondeu o criado. – Está aqui! – E, com um gesto rápido, virou a taça ao contrário… e derramou também o açúcar.»
- Vai ao armazém e compra uma medida de farinha e uma de açúcar. A farinha é para fazer o pão e o açúcar para fazer bolos, portanto não os mistures. Ouviste? Não os mistures!
O criado fez um esforço para se lembrar da ordem: uma medida de farinha, uma medida de açúcar e não misturar as duas coisas… Não misturar! Pegou numa taça e foi ao armazém.
Foi o caminho todo até ao armazém a repetir para os seus botões: “Uma medida de farinha e uma medida de açúcar, mas não mistures as duas coisas!”
Chegou ao armazém.
- Queria uma medida de farinha, por favor.
O empregado do armazém enfiou o jarro medidor na farinha e tirou-o cheio até cima. O criado deu-lhe a taça e o empregado verteu a farinha para o recipiente.
- E uma medida de açúcar – disse o comprador.
O empregado pegou novamente no jarro, enfiou-o na grande caixa e encheu-o de açúcar.
- Mas não os misture! – disse o criado.
- E então onde ponho o açúcar? – perguntou o empregado.
O outro pensou uns instantes e, enquanto pensava (coisa que muito trabalho lhe dava), pôs a mão por baixo da taça e, tomando uma decisão rápida, disse:
- Aqui. - E virou a taça ao contrário, derramando a farinha no chão.
O criado deu meia volta e voltou para casa todo satisfeito: uma medida de farinha, uma de açúcar e não os mistures.
Quando chegou a casa, o patrão viu-o entrar com a taça de açúcar e perguntou:
- E a farinha?
- Não os mistures! – respondeu o criado. – Está aqui! – E, com um gesto rápido, virou a taça ao contrário… e derramou também o açúcar.»
Jorge Bucay, Deixa-me que te Conte
E depois desta história, lembrei-me de uma outra, bem mais familiar...
2 comentários:
esse homem é fantástico. (:
o livro é ainda melhor.
É, não é?
Olha, foi uma sujeita mesmo chata que mo emprestou. Tão chata, tão chata, que nunca mais o vê xD
Não desesperes, rapariga, ele pára-te nas mãos outra vez, um dia.
AH AH :D
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