No outro dia, uma amiga perguntou-me: “Inês, acreditas em Santos?”.
Eu fiquei a pensar o que havia de responder… sim, acredito em Santos, provavelmente não são mitos, foram pessoas normais. O que não sei é os critérios que os levaram a “ser Santos”, e também não recorro a eles quando preciso de ajuda.
Mas a verdade é que era isto que ela me estava a perguntar… se eles significavam alguma coisa para mim! Se era “devota” de algum. Ora, eu não sou, nunca pensei muito neles sequer. Por isso, hoje, “dia de todos os santos”, decidi procurar quais os critérios para que alguém seja reconhecido como santo… e encontrei isto na net:
“Critérios resumidos para canonização oficial:
1- Ser católico.
2- Não apresentar em sua vida nada que desabone a fé cristã católica em sua vida ou após sua conversão.
3- Um milagre reconhecido para ser designado beato.
4- Outro milagre reconhecido para ser designado santo.”
Ao ver isto, decidi procurar o que é que a Igreja entende como “milagre reconhecido”… então encontrei isto, na wikipédia:
“O milagre deve ser uma cura inexplicável à luz da ciência e da medicina, consultando inclusive médicos ou cientistas de outras religiões e ateus. Deve ser uma cura perfeita, duradoura e que ocorra rapidamente, em geral de um a dois dias. Comprovado o milagre é expedido um decreto, a partir do qual pode ser marcada a cerimónia de beatificação, que pode ser presidida pelo Papa ou por algum bispo ou cardeal delegado por ele.
Caso a pessoa em causa já tenha o estatuto de beato e seja comprovado mais um milagre pela Igreja, em missa solene o Santo Padre ou um Cardeal por ele delegado declarará aquela pessoa como Santa e digna de ser levada aos altares e receber a mesma veneração em todo o mundo, este é o processo de Canonização.”
Como ainda não estava suficientemente enjoada, fui ver casos concretos… então apareceu-me uma página com uma frase assim, “A canonização da pastorinha precisa de mais um milagre para prosseguir. O processo está parado.” – isto a falar da irmã Lúcia. “O alegado milagre, envolvendo uma eventual cura de diabetes, não está devidamente fundamentado para ser considerado como existindo intervenção divina.”
Bem. Depois encontrei isto: “Um processo de canonização sai caro. Só para confirmar o segundo milagre de frei Galvão, a freira calcula ter gastado 55.000 euros, entre viagens a Roma, exames, consultas médicas e tradução de documentos.”
E já chega. Decidi parar de pesquisar, depois desta. A única pergunta que pairava na minha cabeça era: “O QUE É QUE SE PASSA NESTE MUNDO?!”.
Voltei à pergunta que a minha amiga me fez, e resposta foi: “NÁO. NÁO ACREDITO EM SANTOS. Ou melhor: acredito noutro tipo de Santos!”.
Os santos das curas milagrosas a mim não me convencem. Convencem-me, sim, os santos do coração. Os santos que são santificados pelo Amor de Deus, e não aqueles que passam por um cuidado processo de canonização, que envolve milhares de euros, para se provar que davam bons médicos e que são dignos de constar no altar das igrejas. NÁO. Esses não. Esses não me convencem.
Acredito, sim, que somos capazes de, com Ele, curar muita gente. Mas falo de curas “à-Jesus”, não de curas de diabetes. Curas interiores, curas que mudam a vida! Essas curas sim. Essas têm valor, e merecem ser reconhecidas. Não me custa nada ser “devota” de alguém que se deixa moldar pelo Amor de Deus ao ponto de conseguir curar. Sou suficientemente humilde para reconhecer que há pessoas que gostava de imitar mais!
Mas ser “devota” de imagens de ar apagado, de milagrosos com cheiro a mofo, muito obrigada! Desses não preciso eu…
Impressiona-me é que haja gente que se contenta com esses! Que fique à espera que, depois de mortos, continuem a fazer milagres maravilhosos e a curar muitos doentinhos!
Não. Se existisse um dia reservado para esses, escandalizava-me…
A sorte é que a verdade das coisas está sempre à distância de uma procura nos lugares certos… e depois li isto!
Assim sim. Assim faz sentido. Assim tem mais a ver com o Deus-Amor que conheço. E assim faz mais sentido aquilo que escrevi há um ano… o Amor de Deus diviniza. O Amor de Deus santifica. O Amor de Deus cura, e continua sempre connosco. O pior é quando o procuramos no altar, no meio da porcelana…
Eu fiquei a pensar o que havia de responder… sim, acredito em Santos, provavelmente não são mitos, foram pessoas normais. O que não sei é os critérios que os levaram a “ser Santos”, e também não recorro a eles quando preciso de ajuda.
Mas a verdade é que era isto que ela me estava a perguntar… se eles significavam alguma coisa para mim! Se era “devota” de algum. Ora, eu não sou, nunca pensei muito neles sequer. Por isso, hoje, “dia de todos os santos”, decidi procurar quais os critérios para que alguém seja reconhecido como santo… e encontrei isto na net:
“Critérios resumidos para canonização oficial:
1- Ser católico.
2- Não apresentar em sua vida nada que desabone a fé cristã católica em sua vida ou após sua conversão.
3- Um milagre reconhecido para ser designado beato.
4- Outro milagre reconhecido para ser designado santo.”
Ao ver isto, decidi procurar o que é que a Igreja entende como “milagre reconhecido”… então encontrei isto, na wikipédia:
“O milagre deve ser uma cura inexplicável à luz da ciência e da medicina, consultando inclusive médicos ou cientistas de outras religiões e ateus. Deve ser uma cura perfeita, duradoura e que ocorra rapidamente, em geral de um a dois dias. Comprovado o milagre é expedido um decreto, a partir do qual pode ser marcada a cerimónia de beatificação, que pode ser presidida pelo Papa ou por algum bispo ou cardeal delegado por ele.
Caso a pessoa em causa já tenha o estatuto de beato e seja comprovado mais um milagre pela Igreja, em missa solene o Santo Padre ou um Cardeal por ele delegado declarará aquela pessoa como Santa e digna de ser levada aos altares e receber a mesma veneração em todo o mundo, este é o processo de Canonização.”
Como ainda não estava suficientemente enjoada, fui ver casos concretos… então apareceu-me uma página com uma frase assim, “A canonização da pastorinha precisa de mais um milagre para prosseguir. O processo está parado.” – isto a falar da irmã Lúcia. “O alegado milagre, envolvendo uma eventual cura de diabetes, não está devidamente fundamentado para ser considerado como existindo intervenção divina.”
Bem. Depois encontrei isto: “Um processo de canonização sai caro. Só para confirmar o segundo milagre de frei Galvão, a freira calcula ter gastado 55.000 euros, entre viagens a Roma, exames, consultas médicas e tradução de documentos.”
E já chega. Decidi parar de pesquisar, depois desta. A única pergunta que pairava na minha cabeça era: “O QUE É QUE SE PASSA NESTE MUNDO?!”.
Voltei à pergunta que a minha amiga me fez, e resposta foi: “NÁO. NÁO ACREDITO EM SANTOS. Ou melhor: acredito noutro tipo de Santos!”.
Os santos das curas milagrosas a mim não me convencem. Convencem-me, sim, os santos do coração. Os santos que são santificados pelo Amor de Deus, e não aqueles que passam por um cuidado processo de canonização, que envolve milhares de euros, para se provar que davam bons médicos e que são dignos de constar no altar das igrejas. NÁO. Esses não. Esses não me convencem.
Acredito, sim, que somos capazes de, com Ele, curar muita gente. Mas falo de curas “à-Jesus”, não de curas de diabetes. Curas interiores, curas que mudam a vida! Essas curas sim. Essas têm valor, e merecem ser reconhecidas. Não me custa nada ser “devota” de alguém que se deixa moldar pelo Amor de Deus ao ponto de conseguir curar. Sou suficientemente humilde para reconhecer que há pessoas que gostava de imitar mais!
Mas ser “devota” de imagens de ar apagado, de milagrosos com cheiro a mofo, muito obrigada! Desses não preciso eu…
Impressiona-me é que haja gente que se contenta com esses! Que fique à espera que, depois de mortos, continuem a fazer milagres maravilhosos e a curar muitos doentinhos!
Não. Se existisse um dia reservado para esses, escandalizava-me…
A sorte é que a verdade das coisas está sempre à distância de uma procura nos lugares certos… e depois li isto!
Assim sim. Assim faz sentido. Assim tem mais a ver com o Deus-Amor que conheço. E assim faz mais sentido aquilo que escrevi há um ano… o Amor de Deus diviniza. O Amor de Deus santifica. O Amor de Deus cura, e continua sempre connosco. O pior é quando o procuramos no altar, no meio da porcelana…
2 comentários:
Ao ler o teu texto, lembrei-me de um que me foi lido no final do ensaio do coro de jovens. Nao sei se ja conheces, mas acho que vais gostar de (re)ler, pois vai um pouco de encontro com o que disseste.
Precisamos de Santos sem véu ou batina.
Precisamos de Santos de calças jeans e ténis.
Precisamos de Santos que vão ao cinema,ouvem música e passeiam com os amigos.
Precisamos de Santos que coloquem Deus em primeiro lugar,mas que se "lascam" na faculdade.
Precisamos de Santos que tenham tempo todo dia para rezar e que saibam namorar na pureza e castidade,ou que consagrem a sua castidade.
Precisamos de Santos modernos, santos do século XXI, com uma espiritualidade inserida no nosso tempo.
Precisamos de Santos comprometidos com os pobres e as necessárias mudanças sociais.
Precisamos de Santos que vivam no mundo,se santifiquem no mundo,
que não tenham medo de viver no mundo.
Precisamos de Santos que bebam Coca-Cola e comam hot dog,que usem jeans, que sejam internautas, que ouçam discmans.
Precisamos de Santos que amem apaixonadamente a Eucaristia e que não tenham vergonha de beber um sumo ou comer uma pizza no fim-de-semana com os amigos.
Precisamos de Santos que gostem de cinema,de teatro, de música, de dança, de desporto.
Precisamos de Santos sociáveis, abertos,normais, amigos, alegres, companheiros.
Precisamos de Santos que estejam no mundo e saibam saborear as coisas puras e boas do mundo,mas que não sejam mundanos.
João Paulo II, Carta aos jovens
Beijinhos da Carolina :)
Sim, Carolina.
É isso mesmo :)
Bem vinda! Estava a ver que nunca mais te estreavas nos comentários :P
Gosto de te ter por aqui. Um beijinho *
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