janeiro 07, 2009

Chuva.

Sento-me na cama que me faz voltar para dentro no final de cada dia. Pego na guitarra, a velha guitarra do meu pai, com tantos anos que não vivi. Ponho nos dedos a música que não me deixa. Toco, canto. A música preenche o quarto, cada centímetro de ar que me rodeia.
Mas tenho a certeza, a certeza absoluta de que não há nada mais cheio do que aquele que trago no peito. A música boa, a que marca, é aquela que faz dançar o coração.
Preciso daquele abraço. Hoje não. Talvez amanhã.
Agora, Chuva.



Chuva - Mariza -

As coisas vulgares que há na vida
Não deixam saudades
Só as lembranças que doem
Ou fazem sorrir

Há gente que fica na história
da história da gente
e outras de quem nem o nome
lembramos ouvir

São emoções que dão vida
à saudade que trago
Aquelas que tive contigo
e acabei por perder

Há dias que marcam a alma
e a vida da gente
e aquele em que tu me deixaste
não posso esquecer

A chuva molhava-me o rosto
Gelado e cansado
As ruas que a cidade tinha
Já eu percorrera

Ai... meu choro de moça perdida
gritava à cidade
que o fogo do amor sob chuva
há instantes morrera

A chuva ouviu e calou
meu segredo à cidade
E eis que ela bate no vidro
Trazendo a saudade

3 comentários:

Ricardo Ascensão disse...

"Há gente que fica na história
da história da gente"

Anônimo disse...

Esta música é qualquer coisa... Mesmo mesmo bonita ! *

Anônimo disse...

Ei Ricardo!!!
Essa frase devia ser eu a dizer... mas que história é essa? ah? ah?

Hi hi hi!
Beijocas grandes
Susie