fevereiro 24, 2009

Amor.
Revolve-me as entranhas saber que é uma palavra banalizada. “Está bem, é amor… e agora?”. Mas não. Não é uma palavra. É tudo o que há na vida digno de ser valorizado. É tudo o que temos, tudo aquilo a que nos podemos agarrar. Sem amor, nada somos. Dizia S. Paulo, o João, a Maria, o Manel. Todos, todos o dizemos de uma maneira ou doutra. Às vezes nem chega a sair da boca, mas transborda pelo coração e pelas paredes do olhar. Sem amor nada somos.
Não te venho dizer nada de novo sobre o amor. Não! Não sei. Já se disse tudo, já se descobriu tudo, já se experimentou tudo. Ou não. Ou talvez haja ainda mais para descobrir. Não interessa. Mesmo que não haja, eu lanço-me na aventura. Hoje senti necessidade de vir cantá-lo. Sem ele nada sou. Sem ele não faz sentido nada. Sou o que sou porque tenho amor. Sim, S. Paulo, tens razão! Sem amor nada sou.
E tenho o coração aos saltos, e ele revolve-se na esperança de um dia te conseguir apanhar para te fechar à chave lá dentro.
Vês? Não consigo. Não consigo falar de ti sem falar para Ti. Não dá! És Amor, totalmente Amor, totalmente inesperado, sem pés nem cabeça. Não, ainda não se disse tudo. Eu posso dizer ainda mais de Ti. Para mim é novo e há-de ser, enquanto não desistires de ser perfeito.
Amor.
Como posso dizer que é uma palavra? Não é. Ou se é, vem de um sítio diferente de todas as outras palavras. Tem de ser diferente. Tem de ser especial. Tem de ser Amor.
Não sei dizer mais… devo? Se calhar não. Se calhar calo-me, que assim falo muito melhor.
Meu Amor. Fica comigo. Aquele abraço só nosso.

Um comentário:

António Valério,sj disse...

Mesmo bonito... de facto, amor não se explica,é uma experiência que vai além de nós proprios. No fundo é o que faz querer ser e estar para os outros e para Deus. Obrigado e beijinho