
Ontem tive o privilégio de estar sentada a centímetros de uma pianista fantástica, enquanto ela tocava para uma plateia que absorvia a música. Calma, serena. Eu, que virava as páginas de forma desajeitada, estava mais nervosa que ela. Algumas partes conseguiram pôr-me um arrepio na espinha. Um concerto de compositor presente, e que devia estar orgulhoso.
No fim, o pedido de desculpas por aquele compasso que falhou por culpa minha, ou por falta de entendimento no ensaio. Não interessava. É a pessoa mais simples que existe. Agradeceu-me a segurança que lhe dei e o trabalho que lhe poupei. Eu, que tremia que nem varas verdes. E no fim teve a distinta lata de me oferecer o ramo de flores.
Há pessoas que não existem. Mas deviam existir mais vezes.
Um comentário:
Absorvi aqueles solos de piano sim senhora. Foi bonito.
E não soubesse eu que estavas nervosa, mal se notava ! :D
Um beijo*
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