junho 03, 2009

Desabafo.

Fico triste quando percebo que há gente que não muda.
Fico triste e revoltada.
Revoltada porque parece que há quem se alimente e goste de mostrar bons princípios que não passam disso, e não se tornam fins.
Fico triste.
Fico triste porque confio, vejo o lado bom dessa gente, que esconde o mau no meio de coisas muito bonitas que acabam por não mudar nada.
Gente pequenina que se faz grande.
Mas não esconde nada! Será que não percebem que as teorias não fazem pessoas? Será que não percebem que há que renunciar ao seu umbigo para conseguir que os outros não sofram?
Mas não lhes interessa... enquanto vão caindo no seu colo as regalias vão mostrando o seu sorriso que não esconde nada.
Se calhar devia tolerar. Mas com a falsidade não consigo compactuar.
Não sou perfeita. Mas há críticas que não encaixo. Muito menos vindas de gente que não sabe ser.
Desculpem o desabafo.
Acho que ainda não aprendi que há coisas que deviam morrer em mim.
Mas é melhor passar para palavras do que para o coração.
Não é hoje que deixo gostar das pessoas.
Nem hoje nem amanhã, porque ainda sei ser feliz.

7 comentários:

lilokas* disse...

'Mas é melhor passar para palavras do que para o coração.'
É mesmo... Para o coração não se levam as frustrações e as tristezas...
Se precisares de falar, podes contar q estou aqui <3

Filipe disse...

Como eu percebo a intenção do texto Maria. Há realmente coisas nao que nao se fazem e nao deves mesmo deixar que passem para o teu coraçao.. deves sempre fazer com que passem para ouvidos alheios e aqui te ofereço os meus :D
Es uma séria candidata a pessoa do Ano Maria :)
Gosto muito de ti

Anônimo disse...

Passo muitas vezes neste blog, porque me identifico com o que dizes, apesar de não te conhecer ou tu me conheceres. Fazes-me lembrar de mim quando tinha a tua idade. Sobre as pessoas... Nada como a Vida para ensinar que tu segues o teu caminho e deves deixar os outros livres para fazerem as suas escolhas. Tu não percorreste o caminho do outro até ele chegar onde chegou, não podes nem deves julgar. E que a falta de "fins" de outros não justifiquem o teu abatimento. Porque há Alguém que fica sempre do principio ao fim, alguém que fez da Palavra Vida.

Inês disse...

Lilas, Filipe:

:) :) :)

Obrigada por tudo, amigos! Sois os maiores.
(Filipe, pessoa do ano? De facto não chorei, mas deixei o teclado todo babadinho)

Anónimo:
Então agora já nos conhecemos! Obrigada pelo comentário. A Vida vai-nos ensinando muita coisa, é verdade... e ainda bem que é assim! O que disseste (posso tratar por tu, né?) fez-me pensar, e acho que é muito acertado! Porquê julgar, se o outro não fez o mesmo caminho que eu?
Agora que não me afecte... essa é que já é mais complicada ;)

Beijinhos para todos!

Anônimo disse...

Olá Inês, podes tratar-me por tu, claro. A diferença entre julgar e não nos deixarmos afectar é muito ténue. Eu tenho muitas opções de vida que me tornam diferente do "normal", que me excluem. Por ex. sou vegetariana e gostaria que todos se tornassem vegetarianos. Claro que quando vejo animais a caminho do matadouro fico "doente", mas como posso passar a minha sensibilidade para os outros? Não posso... e também não deixo que isso me tire a Paz.
Quando estiveres mesmo muito zangada ouve Jesus a dizer "envio-vos como cordeiros para o meio de lobos". Ou Santa Teresa "Nada te turbe..." Alguém disse que ía ser fácil? ;) Força! Dulce

Luis Carlos disse...

Olá Inês,

Ninguém muda porque tu queres que esse alguém mude. A mudança é uma acção pessoal e intransmissível.

Nada melhor como Jesus demonstrar que assim é: "Pai perdoa-lhes que eles não sabem o que fazem".

Aquilo a que nós chamamos "mal" (que pode ser um "bem" para a pessoa) pode ser fruto da ignorância, do medo e da inconsciência da pessoa.

Aquilo que faço é verificar se as minhas acções, palavras e pensamentos, são fruto da ignorância, do medo ou da minha inconsciência.

Até já,
Luís Carlos

António Valério,sj disse...

Teorias não fazem pessoas...é mesmo isso, Inês. Por vezes nem é possivel podermos falar com essas pessoas e ajudar a ter outro horizonte, a pensarem nas suas atitudes. Mas tudo isto, para além de aumentar a nossa paciência (que é ciência da paz) também nos faz cair na conta do que somos e do que não queremos ser. E assim crescemos mais verdadeiros. Estou contigo! beijinhos