"Não tens escrito muito, Inês..."
Isto foi uma verbalização de algo que tenho vindo a repetir cerebralmente dia após dia. Mas não há vontade de escrever que resista quando se chega a casa com uma directa em cima, já depois da aula da manhã, e se repara que só se pode dormir uma hora porque temos aula de condução às cinco da tarde. Não há vontade de escrever que resista quando passámos um dia inteiro a berrar obscenidades até rebentar com a voz (literalmente). Não há vontade de escrever que resista quando acordamos três horas mais tarde do que o suposto e temos de fazer em uma hora aquilo que faríamos em três. Não há vontade de escrever que resista quando percebemos que temos milhares de trabalhos-barra-matéria-para-estudar e que andámos todo o santo tempo preocupados em "viver o espírito académico".
Mas afinal há, há vontade que resista, quando chegamos ao sábado à noite e percebemos que afinal as bases ainda estão ali. Que podemos berrar obscenidades, estrebuchar, dar em malucos, cair de cansaço, porque eles seguram-nos tudo. E que está cá o Abbá, para dizer o simples e banal "Eu estou aqui" que muda tudo.
Posso não ter tempo para nada, ou até usá-lo da forma errada. Posso querer mudar mundos que não são mudáveis e dar com a cabeça na parede muitas vezes. Posso magicar mil e uma formas de ser testemunho na vida de outras pessoas, e não resultar.
Mas tenho-os comigo, e há abraços que ficam e duram uma semana, um mês ou um ano.
São um porto onde descanso a âncora e me sinto em segurança. São um Tu que nunca me sairá dos lábios, ainda que nunca seja muito tempo.
Isto foi uma verbalização de algo que tenho vindo a repetir cerebralmente dia após dia. Mas não há vontade de escrever que resista quando se chega a casa com uma directa em cima, já depois da aula da manhã, e se repara que só se pode dormir uma hora porque temos aula de condução às cinco da tarde. Não há vontade de escrever que resista quando passámos um dia inteiro a berrar obscenidades até rebentar com a voz (literalmente). Não há vontade de escrever que resista quando acordamos três horas mais tarde do que o suposto e temos de fazer em uma hora aquilo que faríamos em três. Não há vontade de escrever que resista quando percebemos que temos milhares de trabalhos-barra-matéria-para-estudar e que andámos todo o santo tempo preocupados em "viver o espírito académico".
Mas afinal há, há vontade que resista, quando chegamos ao sábado à noite e percebemos que afinal as bases ainda estão ali. Que podemos berrar obscenidades, estrebuchar, dar em malucos, cair de cansaço, porque eles seguram-nos tudo. E que está cá o Abbá, para dizer o simples e banal "Eu estou aqui" que muda tudo.
Posso não ter tempo para nada, ou até usá-lo da forma errada. Posso querer mudar mundos que não são mudáveis e dar com a cabeça na parede muitas vezes. Posso magicar mil e uma formas de ser testemunho na vida de outras pessoas, e não resultar.
Mas tenho-os comigo, e há abraços que ficam e duram uma semana, um mês ou um ano.
São um porto onde descanso a âncora e me sinto em segurança. São um Tu que nunca me sairá dos lábios, ainda que nunca seja muito tempo.
Um comentário:
bem...é só para te deixar um beijinho, já que não visitava o teu blog há bastante tempo! amigo desnaturado -.-'
Pois é...falta de vontade de escrever...essa vida de caloira é muito complicada :s
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