Descobri que não sei escrever para televisão e rádio.
Andamos a vida toda a aprender a desenvolver as nossas ideias, explicar tudo bem explicadinho, metáfora para aqui, metáfora para ali. A construir as frases de forma a não repetir ideias. Aprendemos a importância dos pronomes, dos apostos.
Dizer "O João, que tem dez anos, gosta mais de bróculos do que de cenouras" é claramente melhor que "O João tem dez anos. O João gosta mais de bróculos do que de cenouras".
Isso até há uns dias, porque agora "Escrever é cortar palavras". E não há pronomes, advérbios cuidado com eles, frases curtas, nada de gerúndios, nada de começar textos por "Ontem" ou por "Em casa do Pedro". Regra da pirâmide invertida, mas é preciso ir repetindo a ideia ao longo do texto, porque nem sempre o espectador está atento desde o início, ou pode ter ligado a televisão a meio da notícia.
Parece que voltei à escola primária e não sei construir frases. Ou que estou a escrever um telegrama e o preço por letra está bem inflacionado.
E no fim, quando estou contente com o resultado (pus lá as informações todas, as mais importantes no início, e nem está muito grande!), encontro uns 10 "ques" que são pronomes relativos (e lá está mais um "que").
Agora vou indo, para não repetir mais ideias.
Ah, e porque tenho de jantar.
PS: Estou a gostar muito! O que é difícil dá mais gozo :)
Andamos a vida toda a aprender a desenvolver as nossas ideias, explicar tudo bem explicadinho, metáfora para aqui, metáfora para ali. A construir as frases de forma a não repetir ideias. Aprendemos a importância dos pronomes, dos apostos.
Dizer "O João, que tem dez anos, gosta mais de bróculos do que de cenouras" é claramente melhor que "O João tem dez anos. O João gosta mais de bróculos do que de cenouras".
Isso até há uns dias, porque agora "Escrever é cortar palavras". E não há pronomes, advérbios cuidado com eles, frases curtas, nada de gerúndios, nada de começar textos por "Ontem" ou por "Em casa do Pedro". Regra da pirâmide invertida, mas é preciso ir repetindo a ideia ao longo do texto, porque nem sempre o espectador está atento desde o início, ou pode ter ligado a televisão a meio da notícia.
Parece que voltei à escola primária e não sei construir frases. Ou que estou a escrever um telegrama e o preço por letra está bem inflacionado.
E no fim, quando estou contente com o resultado (pus lá as informações todas, as mais importantes no início, e nem está muito grande!), encontro uns 10 "ques" que são pronomes relativos (e lá está mais um "que").
Agora vou indo, para não repetir mais ideias.
Ah, e porque tenho de jantar.
PS: Estou a gostar muito! O que é difícil dá mais gozo :)
2 comentários:
Até os títulos levam caneta vermelha e uma nota depreciativa: "título de romance".
Tristeza.
Adorável tristeza.
rádio é o amor, espero que três meses depois já tenhas mudado de ideias :D
Postar um comentário