Dia 4: Verona

É incrível como o tempo passou rápido deste que, na tarde do dia 20 de Setembro, decidimos fazer uma viagem pelo Norte da Itália. Daqui a dois dias faz um mês que pusemos as mochilas às costas, e ainda me faltam contar os últimos dois dias – o que a preguiça faz a uma pessoa.

Acho que o melhor é mesmo abreviar, ou corro o risco de acabar Erasmus sem contar mais nada.

A manhã em Verona começou, claro está, com um capuccino. Recuperadas do cansaço do dia anterior (ou já habituadas a ele), precisávamos apenas da injecção de cafeína da manhã. Parámos num café muito acolhedor, com uma empregada de sorriso aberto e uma casa de banho convidativa (já ansiávamos por um banho há dois dias, mas uma mudança de roupa e lavagem de dentes pareceu-nos, naquele momento, uma ideia incrível).

Sem querer ser parcial (a senhora era realmente simpática, ao ponto de nos sugerir outros sítios perto de Verona a visitar), elegería este o melhor capuccino da nossa Road Trip. Quentinho, cheio de espuma e com um pouco de chocolate em pó em cima. Exactamente como eu gosto.

Parcialmente lavadas e enérgicas, pusemos pés ao caminho. Entre canções que nos lembraram o Porto, os nossos colegas, a nossa antiga rotina, percorremos toda a cidade em passo apressado.

Verona é uma cidade pequena mas encantadora. Com ruas estreitas e praças largas, cheias de História, atrai muitos visitantes. A Casa di Giulietta é exemplo disso, com as paredes carregadas de mensagens e declarações de amor, de promessas, de juras eternas. Resistimos à mania de apalpar a mama da rapariga, que não é assim tão jeitosa, e continuamos caminho.

Vimos tudo numa manhã. Ou melhor, passámos-lhe a vista, e colocámos um check à frente do seu nome. Estávamos ansiosas por Veneza, e antes disso queríamos seguir ainda o conselho da senhora do capuccino: visitar o Largo di Garda, que segundo esta era “belíssimo”, e a pouco tempo dali, se apanhássemos o comboio. Acabou por não ser possível, por uma questão de horários de comboios, e partimos para Veneza.