Lentamente, deixas-me entrar.
Vou descobrindo os cantos do labirinto que construíste dentro de ti. Vejo esse desejo de fuga, próprio dos corações magoados, e reconheço-o. Com os metros de distância próprios do respeito e do medo, tento mostrar-te, aos poucos, que a solução está mais cá dentro que na fuga. Que quando foges, o labirinto não se desfaz sozinho. Permanece, e cresce, para o enfrentares maior quando chegares. Mas vejo nos teus olhos a sede de descoberta, é igual ao que me reflecte o espelho todas as manhãs.
E cresce a vontade que fiques – sou um contra-senso constante. Aumentas a minha sede de viajar em mim mesma, e quero-te aqui. Mas controlo os meus quereres egoístas. Sei que precisas de experiências que te transformem e te dêem forças para te desfazeres desse labirinto que construíste dentro de ti.
Soas demasiado a mim mesma. E não sei lutar contra os meus próprios fantasmas.
Um comentário:
Inesita, que bom é passar por aqui! :)
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