junho 10, 2012

Já não são simples saudades, simples desejos de que o tempo volte para trás, onde estava suspenso, intocável. Já não é a espera longa demais, indefinida, constante.
É um nojo da indiferença, da conversa de circunstância que não encaixa em nós. A revolta do desconhecido, dos olhos que passam e não param. O nojo de mim mesma, o auto-nojo de nunca saber esperar. De fechar portas com toda a força que tenho nos braços. A mania da independência.
Tenho sede de trabalhar, de utilizar o cérebro para não cair nesta apatia que não me deixa mexer nem dormir. Não quero que o corre-corre acabe, porque não sei o que virá quando o coração não tiver mais desculpas para não sentir.

Um comentário:

Raquel Teixeira disse...

"Nojo da indiferença, da conversa de circunstância que não encaixa em nós".