julho 11, 2012

Template Novo, Vida Nova

Se aqui disse que mudar a imagem que, durante quase dois anos, fez de título do meu blogue mataria uma parte de mim mesma, cá estou eu a mudá-la, e a sentir-me inteira.
Com o tempo, aprendemos que as experiências acabam, e é no acabar que crescemos. Se durassem para sempre, talvez não lhes déssemos tanto valor.
Roma está comigo. Não numa imagem que encontrei no Google ou nos milhares de fotografias que tenho na pasta "Erasmus Roma". Está comigo na minha forma de pensar e de agir. 
Ensinou-me tanta coisa, que deixou de ser um lugar para ser um conjunto de aprendizagens. Roma passou a ser viver tudo ao máximo sem pensar "amanhã também é dia", passou a ser dar-me às pessoas sem jogar pelo seguro, passou a ser lidar com despedidas, com finais, com saudades. Passou, também, a ser um conjunto de pessoas que hoje existem fora dela.
Agora, está ali no título a imagem de Christopher McCandless, personagem principal do filme Into the Wild, que tanto me fez pensar e sonhar. Uma história verídica de um rapaz que abdicou de todo o seu "ter" para descobrir o "ser" na sua plenitude, sem a muleta do dinheiro, em contacto direto com a natureza. 
A natureza matou-o. Mas pelo caminho, ele descobriu um conjunto de coisas que todos deviam perceber. Uma delas foi a ausência de felicidade na solidão. Ninguém é feliz sozinho - a felicidade só existe quando partilhada.
Outra foi o valor de aproveitar as coisas e as pessoas que a vida nos dá. Retirar aprendizagens de todos os lugares por onde passamos, criar laços com as pessoas que conhecemos, viajar para o plano mais profundo da existência.
Quando me perguntam o que vou fazer da vida agora que mais uma etapa está terminada, penso sempre que quero isto para mim - fazer da vida uma viagem constante, sem lamentos ou arrependimentos. Ser sempre simples e contentar-me com aquilo que verdadeiramente interessa.
E sempre que possível, ler muitos livros em cima de montanhas.

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