Receber visitas é das melhores coisas que nos podem acontecer quando vivemos fora.
Sentimo-nos bem nesta cidade. Sentimo-nos em casa. Quando chegamos de um dia chuvoso, quando abrimos a porta e sentimos o contraste térmico, sentimo-nos confortáveis. O descalçar dos sapatos para os substituir pelas pantufas, o vestir o pijama quente, o ouvir as vozes das pessoas que partilham connosco este conforto. Estamos em casa, e o tempo passa depressa demais.
Mas uma das melhores sensações que já senti aqui foi a de receber no nosso conforto pessoas que não pertencem a este lugar mas que me "pertencem"a mim. Vê-las tornarem-se parte desta casa que já foi de quatro pessoas apenas, que abriu as portas a mais umas quantas, que as viu transformar-se numa verdadeira Comunidade. Vê-las tornarem-se parte da teia de relações que aqui criámos, apresentar-lhes o nosso novo mundo, onde somos tão felizes. Assistir a tudo isto, presenciar e sentir tudo isto é maravilhoso.
E é quando os vemos de novo que percebemos as saudades que tínhamos. Das conversas filosófico-profundas, das conversas demasiado inteligentes para a nossa cabeça, das parvoíces também.
Estar com eles faz-nos dar ainda mais valor ao que temos - aqui e em Portugal. Ver as caras de satisfação a provar o capuccino que é o nosso milésimo, a pasta que provamos quase todas as semanas, o tiramissú que adoramos devorar. Ver o espanto a olhar para a Basílica de S. Pedro, que já é "só" a Basílica de S. Pedro. A admiração no labirinto que é o metro, que já aprendemos a evitar. E ver que ainda não perderam o vício dos mapas - eu no início também o tinha, mas quando me comecei a perder demasiadas vezes (viram o meu jeito nato) comecei a aderir à máxima "quem tem boca vai a Roma".
Faz-nos dar valor também às pessoas que nos habituámos a não ver - afinal, o ser humano habitua-se a tudo. E faz-nos lembrar como gostamos delas, como nos fazem crescer. Faz-nos perceber que aquilo que deixámos em stand by em Portugal continua vivo, dinâmico, que não parou no tempo. E dá-nos umas saudades incríveis.
Nem me acredito que daqui a pouco mais de uma semana estou de volta. Mas sei que, pelo menos, volto para estas pessoas, e não me parece mau de todo.
Sentimo-nos bem nesta cidade. Sentimo-nos em casa. Quando chegamos de um dia chuvoso, quando abrimos a porta e sentimos o contraste térmico, sentimo-nos confortáveis. O descalçar dos sapatos para os substituir pelas pantufas, o vestir o pijama quente, o ouvir as vozes das pessoas que partilham connosco este conforto. Estamos em casa, e o tempo passa depressa demais.
Mas uma das melhores sensações que já senti aqui foi a de receber no nosso conforto pessoas que não pertencem a este lugar mas que me "pertencem"a mim. Vê-las tornarem-se parte desta casa que já foi de quatro pessoas apenas, que abriu as portas a mais umas quantas, que as viu transformar-se numa verdadeira Comunidade. Vê-las tornarem-se parte da teia de relações que aqui criámos, apresentar-lhes o nosso novo mundo, onde somos tão felizes. Assistir a tudo isto, presenciar e sentir tudo isto é maravilhoso.
E é quando os vemos de novo que percebemos as saudades que tínhamos. Das conversas filosófico-profundas, das conversas demasiado inteligentes para a nossa cabeça, das parvoíces também.
Estar com eles faz-nos dar ainda mais valor ao que temos - aqui e em Portugal. Ver as caras de satisfação a provar o capuccino que é o nosso milésimo, a pasta que provamos quase todas as semanas, o tiramissú que adoramos devorar. Ver o espanto a olhar para a Basílica de S. Pedro, que já é "só" a Basílica de S. Pedro. A admiração no labirinto que é o metro, que já aprendemos a evitar. E ver que ainda não perderam o vício dos mapas - eu no início também o tinha, mas quando me comecei a perder demasiadas vezes (viram o meu jeito nato) comecei a aderir à máxima "quem tem boca vai a Roma".
Faz-nos dar valor também às pessoas que nos habituámos a não ver - afinal, o ser humano habitua-se a tudo. E faz-nos lembrar como gostamos delas, como nos fazem crescer. Faz-nos perceber que aquilo que deixámos em stand by em Portugal continua vivo, dinâmico, que não parou no tempo. E dá-nos umas saudades incríveis.
Nem me acredito que daqui a pouco mais de uma semana estou de volta. Mas sei que, pelo menos, volto para estas pessoas, e não me parece mau de todo.
3 comentários:
Bem vindo a casa é aquilo que eu penso cada vez que entro em casa e vejo a quantidade de coisas que tenho para arrumar...
e hoje, como sou um gajo esperto, vim trabalhar... hoje é feriado!!!!
Mau! Estás quase a convencer-me a voltar aí... :p
Fosse eu rico e voltava sempre que pudesse a essa cidade... (Mas acho que preferia desta vez deixar a chuva em Portugal.)
Porta-te mal e traz um capuccino daqueles... Ou melhor, traz a receita!!
Não estou a brincar... TRAZ A RECEITA!!
oooooooooohhhhhhhhhhhh :D
Acho absolutamente lindo teres gostado "Das conversas filosófico-profundas, das conversas demasiado inteligentes para a nossa cabeça, das parvoíces também." mas principalmente do despertar de sentidos com aquela comida maravilhosa.
Concordo plenamente que só reconheces as saudades, quando "abraças" aquelas pessoas e vês a sua importância.
Obrigada por ti, senti-me em casa :)
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