Se soubesses o valor que tens,
não te resistirias. Não deixarias que o medo se sobrepusesse por um segundo à
tua vontade. Vincarias o pé até desaparecerem todos: os medos, as inseguranças,
os fantasmas.
Se te visses como eu te vejo,
ver-te-ias maior do que todos eles e levantarias a voz por cima de todos os
seus gritos. E mal se aproximassem, dar-lhes-ias com um pau na testa, a ver se
desapareciam e iam para o seu canto cuidar dos galos que ficassem (sabes bem
como doem).
Se te pudesse emprestar os meus
olhos, verias como és maior que isso tudo, e como tens força para vencer o que
quiseres, se quiseres.
Acredito que um dia destes (não
só “um dia”, porque é mesmo um dia destes próximos de nós) vais perceber que
essa força está aí dentro e não num bilhete de avião. Que só precisas de te
entregar e arriscar – por muito que o salto dê aquele nó da vertigem, quando
dás impulso com as pernas.
Enquanto esse dia não vem,
limito-me a ficar aqui a olhar-te, a ver se os meus olhos espelham o que vejo.
E a esperar, contigo, que eles vão todos embora.
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